quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Deficiência conceito normalização e Integração

O conceito de normalização, segundo Wolfensberger (1972), reconhece às pessoas com deficiência os mesmos direitos de outros cidadãos do mesmo grupo etário, em aceitá-los de acordo com a sua especificidade própria, proporcionando-lhes os serviços da comunidade, que contribuiu para desenvolver as suas potencialidades, de modo a que o seu comportamento se aproximou dos modelos considerados “normais”.
A integração substituiu o princípio da normalização. Nirje (1969), referido por Jiménez (1997), defendeu para este conceito a introdução de normas, o mais parecido possível, àqueles que a sociedade considerava como adequadas na vida diária.
A integração escolar surgiu do princípio de “normalização”, pelo que a educação da pessoa com deficiência deveria ser feita em instituições de educação de ensino regular.
A integração das pessoas com deficiência nas instituições escolares teve o seu início nos países da Europa do Norte nos anos 50 e 60 e nos E.U.A, a partir de 1975, após a aprovação pelo Congresso da Public Law 94-142 (“The Education for All Handicapped Children Act”). Esta lei defendia educação pública e gratuita para todos os alunos com deficiência. Correia (1991) apontou para a necessidade da colocação dos alunos num meio menos restritivo, com a elaboração de planos educativos individualizados.
Em 1990 “Individuals With Disabilities Education Act”, incluiu no conceito de deficiência mais duas categorias, o Autismo e traumatismo craniano, e a obrigatoriedade das escolas se envolverem na transição dos seus alunos para a vida activa.
Mais tarde, Bayliss (1995), citado por Bairrão (1998), define a integração como um conceito a que estão subjacentes três dimensões, a sócio/ética, a jurídica/legislativa e a psicológica/educacional e fundamentou estes pressupostos, afirmando que os indivíduos se desenvolvem através da mesma sequência de estádios, independentemente das dificuldades que apresentem.
O processo de integração no sistema educativo teve como objectivo, “normalizar” o indivíduo, a nível físico, funcional e social, pressupondo a proximidade física, a interacção, a assimilação e a aceitação.
A integração é assim o movimento que pretende colocar a criança com deficiência a viver junto das crianças ditas normais, das pessoas da sua família e da comunidade. As mudanças necessárias para essa integração visam o meio em que a criança se move, para que este não seja factor de restrição, constrangimento ou ameaça.

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