sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Horários escolares vão ser investigados


Fenprof entregou à Inspecção lista de escolas
onde turmas não respeitam lei
Educação - Diário  Noticias
por ANA BELA FERREIRA
24 Setembro 2010


Horários escolares vão ser investigados

A Inspecção-Geral da Educação (IGE) vai investigar a constituição das turmas e a elaboração dos horários nas escolas do País. A averiguação é feita habitualmente no início do ano lectivo mas este ano a Fenprof já entrou ao organismo uma lista de irregularidades encontradas em vários estabelecimentos.

Há escolas em que as turmas têm mais alunos do que o número máximo (28) permitido ou mais do que dois alunos com necessidades educativas especiais, diz o secretário-geral da Fenprof. "Como sabemos que a IGE faz sempre nesta altura o levantamento das falhas para regularizar as situações quisemos alertar para alguns casos que não estão a respeitar a lei", diz Mário Nogueira.
Embora não saiba quantas situações irregulares denunciaram no dossier entregue ontem ao inspector-geral da Educação, Mário Nogueira adianta que "são muitas" e que "continuam a chegar mais queixas". No entanto, acredita que as situações só vão estar totalmente resolvidas no final do 1.º período.
O número de alunos por turma é uma das falhas mais apontadas. "Sabemos que há disciplinas que têm 34 alunos, porque juntam várias turmas. Outras têm mais de dois alunos com necessidades educativas especiais, o que representa verdadeiras irregularidades", defende o sindicalista. E nestes casos, Mário Nogueira reconhece que "há escolas que receberam indicações das direcções regionais de educação para fazer as turmas assim".
Do lado dos professores, os horários são o maior problema. "O problema coloca-se nos complementos individuais e não na componente lectiva dos docentes. O que se passa é que as escolas colocam sobre os professores mais tarefas do que aquelas que a lei prevê", explica o dirigente da Fenprof.
Os mega-agrupamentos não foram esquecidos e a Fenprof aponta situações, como duas escolas no Algarve, em que os professores fazem 30 quilómetros entre os dois estabelecimentos que pertencem ao mesmo agrupamento. Uma situação, lembra Mário Nogueira, que a ministra da Educação garantiu que não iria acontecer.
Apesar de ter apontado escolas em que a lei não está a ser cumprida, o dirigente sindical, garante que "a Fenprof não quer que a escola seja punida, apenas quer a lei seja respeitada". Ao DN, a IGE confirmou que tomou "boa nota das questões apresentadas", mas não confirmou se vai investigar os casos concretos denunciados pelo sindicato.

FRENPROF ACUSA DIRECÇÕES REGIONAIS DE PRESSIONAREM ESCOLAS


MÁRIO NOGUEIRA
FENPROF
RENASCENÇA - Inserido em 23-09-2010 00:50


Sindicato garante que há turmas com alunos a mais e professores a dar aulas acima do permitido.


Há escolas que foram pressionadas pelas Direcções Regionais de Educação para violarem a lei na elaboração de turmas e horários dos docentes, acusa a Federação Nacional de Professores. A FENPROF diz que há turmas com alunos a mais e docentes com horas lectivas superiores ao que está estabelecido legalmente.

No que diz respeito às turmas, Mário Nogueira, secretário-geral do sindicato, dá como exemplo as turmas com alunos com necessidades especiais. “Essas turmas não podem ter mais de 20 alunos se tem mais de dois alunos com dificuldades de aprendizagem mas, neste caso, há turmas com 28 alunos. Também temos informações de escolas que têm turmas que têm seis e sete alunos com necessidades educativas especiais, o que é ilegal”, disse.

A FENPROF fala também de violação da lei na elaboração dos horários dos professores em que são atribuídas “muito mais horas de serviço lectivo do que aquelas que a lei estabelece”.

Para o secretário-geral da FENPROF, estas situações resultam daquilo a que chama ganância do Governo em poupar.

Estes são temas que a Fenprof vai levar a uma reunião que vai ter esta quinta-feira com a Inspecção Geral de Educação.

A Renascença já contactou o Ministério da Educação mas até agora não foi possível obter qualquer esclarecimento.

Autarquias e escolas recorrem à psicologia positiva

Estudar “o melhor das pessoas e as pessoas no seu melhor” é o objectivo desta área da psicologia, que nos próximos dois dias será debatida em Lisboa por especialistas nacionais e internacionais.

PSICOLOGIA POSITIVA

Tem apenas uma década de existência, mas já é usada em Portugal por escolas, autarquias e até empresas. Na Portugal Telecom, existe mesmo um programa de felicidade para os trabalhadores. Falamos de psicologia positiva.
"A psicologia positiva tem vindo a investigar e criar programas para potenciar os melhores aspectos dos seres humanos desde, por exemplo, o humor, o amor, a esperança, o optimismo, a felicidade e o bem-estar, a criatividade e a generosidade", explica a professora da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa Helena Marujo.
Esta área da psicologia estuda "o melhor das pessoas e as pessoas no seu melhor", acrescenta a psicóloga responsável pela Conferência Internacional de Psicologia Positiva, que esta quarta-feira começa em Lisboa e na qual vão participar investigadores nacionais e internacionais.
"É um ramo científico da psicologia com uma preocupação em usar a ciência para conhecer melhor tudo aquilo que são os factores que facilitam a vida dos seres humanos, que os põem na sua excelência e que os ajudam a estar melhor", resume ainda a especialista.
Até agora, a equipa de Helena Marujo já desenvolveu vários programas, um dos quais destinado às crianças e aos professores de algumas escolas portuguesas. Foi também “feito um programa de felicidade para os trabalhadores da PT".
Programas de formação para dirigentes de Câmaras Municipais e até dentro do ramo da banca são outros campos de acção destes investigadores.
As acções têm um efeito mais saudável, não apenas do ponto de vista psicológico mas também "com grandes consequências do ponto de vista físico, porque há claramente uma ligação com o bem-estar psicológico e os efeitos em termos de longevidade e protecção do sistema imunitário", refere Helena Marujo, em declarações à agência Lusa.
Durante dois dias, especialistas nacionais e internacionais vão debater temas como "O que será que contribui para uma nação positiva? Uma sociedade mais feliz?".
 
RADIO RENASCENSA
Empresas, Inserido em 29-09-2010 07:54