sexta-feira, 3 de junho de 2016

Paralisia Cerebral

A Paralisia Cerebral (PC), estando incluída nas deficiências neuromotoras, é, actualmente, a lesão mais comum em Pediatria (Palisano, Rosenbaum, Russel, Walker, Wood, Raina & Galuppi, 2000).
Tendo em conta que é uma perturbação do controlo da postura e do movimento, como consequência de uma lesão não progressiva que atinge o cérebro num período de desenvolvimento, a PC conduz a alterações na recepção, armazenamento e programação dos movimentos (Bartlett & Palisano, 2000).
Dependendo da localização da lesão, o quadro de PC pode apresentar- se em várias formas, que em termos de topografia corporal poderão ser denominadas de hemiplegia, diplegia, tetraplegia, com variâncias em termos de qualidade de tónus (hipotonia, hipertonia ou espasticidade) (Bartlett et al., 2000).
Os indivíduos com sequelas de PC apresentam uma característica comum, uma certa incapacidade no comportamento motor, sendo uma perturbação na aquisição do padrão normal do movimento, que resulta de um atraso na aquisição das várias etapas do desenvolvimento, uma persistência dos reflexos primitivos, alteração do tónus, força, coordenação e existência de movimentos involuntários (França, 1994).

Desta forma, como condição de vida, a PC e a patologia que lhe é inerente, restringe, altera ou não permite uma série de vivências e experiências que são desejáveis no desenvolvimento de qualquer criança (Bobath & Bobath, 1996).