sábado, 2 de outubro de 2010

INTRODUÇÃO HISTÓRICA AUTISMO


INTRODUÇÃO HISTÓRICA AUTISMO

O autismo é considerado um disturbio orgânico, resultante de disfunção cerebral prcoce, com sequelas crónicas, que se manifesta clinicamente como anomalias no neurodesenvolvimento e no comportamento.
Caracteriza-se por uma tríade semiológica de alterações na interacção social, na comunicação e no padrão do comportamento, que se expressa com uma grande heterogeneídade fenotípica.
O termo autismo, que deriva da palavra grega autos (o próprio), foi pela primeira vez usado no início do século XX, para designar uma categoria de distúrbios do pensamento, que estava presente nos doentes com esquizofrenia.
Décadas mais tarde, Leo Kanner, pedopsiquiatra americano, em 1943 publicou uma nova entidade a que chamou Autistic disturbances of affective contact. Esta sindrome, que combina autismo, obsessões, estereotipias e problemas de linguagem, foi pela  primeira vez distinguida da esquizofrenia.

Quase meio milhão de alunos perderam apoio de psicólogos


JORNAL DE NOTICIAS  - 02/10/10

Os psicólogos escolares lançaram, na noite de quarta-feira, uma petição online pela renovação dos seus contratos. Ontem, sexta-feira, à hora de fecho desta edição, estavam à beira de conseguir as cinco mil assinaturas para entregarem o documento no Parlamento.

O Sindicato Nacional de Psicólogos (SNP) não tem a certeza sobre o número exacto de profissionais que, no anterior ano lectivo, foram contratados pelas escolas.
A “estimativa” feita pelo grupo de psicólogos escolares – que também lançou a petição – é que 300 agrupamentos têm os serviços de psicologia e orientação fechados. Ou seja, calculam, no desemprego estão, neste momento, 300 psicólogos, que no ano passado acompanhavam 360 a 450 mil alunos (à média de um psicólogo ou serviço por agrupamento, entre 1200 a 1500 alunos).
Pedro Teixeira, psicólogo escolar há dois anos, acompanhou 102 alunos no ano lectivo anterior; desses, 50 deviam prosseguir o acompanhamento este ano por serem situações de risco familiar, social e possíveis casos de abandono escolar. Estão sem apoio.
Ontem, sexta-feira, reuniu-se com o director-regional da Educação do Norte, depois de uma concentração que o grupo promoveu no Porto. António Leite, garantiu, manifestou-lhe estar “ansiosamente à espera” do despacho do Governo, que autoriza as escolas a renovarem os contratos, mas “não tem qualquer informação sobre quando isso poderá acontecer”.
Na quarta-feira o grupo de psicólogos reúne-se em Lisboa para decidir novas acções de luta. Para já, esperam que a petição (http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=psiscola) atinja as cinco mil assinaturas para ser entregue no Parlamento; depois, retomam a luta pela criação de uma carreira no sistema de ensino.
“Não interessa lutar por uma carreira se os serviços se mantiverem fechados; nesse caso não haverá psicólogos nas escolas”, sublinhou Pedro Teixeira.
Há um número “reduzido” de escolas com psicólogo nos quadros – o único concurso a ser lançado foi em 1997. Desde então e até 2007 os psicólogos foram contratados por recibo verde; e há três anos, com a entrada em vigor do decreto 35/2007, um despacho conjunto dos ministérios da Educação e Finanças “fixa a quota anual de contratos a celebrar” – é esse despacho que ainda não foi publicado e sem o qual as escolas não podem renovar os vínculos. A excepção são as escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) e com contratos de autonomia.
Além do acompanhamento aos alunos, os psicólogos escolares são responsáveis, entre outras tarefas, pela avaliação psicológica aos alunos com Necessidades Educativas Especiais, detectar situações de risco e abandono escolar, mediar situações de indisciplina e bullying e pela aplicação da Educação Sexual.