sábado, 20 de novembro de 2010

EVOLUÇÃO CONCEPTUAL DEFICIÊNCIA




No decorrer da existência humana, a perspectiva social em relação às pessoas com deficiência, nem sempre foi a mesma, sofrendo alterações em paralelo com a evolução das necessidades do ser humano e à própria organização das sociedades.
Nos anos 60 na população deficiente começaram ser introduzidas novas práticas e dadas novas respostas, nomeadamente: à mobilidade das pessoas, o alargamento da escolaridade obrigatória, a multiplicidade e diversidade de crianças.
Emerge a necessidade de encontrar soluções em relação a muitas situações de crianças com deficiência e respostas que promovam o sucesso para todos os alunos da escola.
Assim a evolução conceptual da deficiência, segundo Jimenez (1997), pode dividir-se em três épocas: A primeira considerada pré-histórica que engloba as sociedades primitivas, prolongando-se até à Idade Média, onde o indivíduo portador de deficiência era “olhado” com superstição e malignidade; A segunda, onde emerge a ideia de que os deficientes são pessoas a quem é preciso prestar assistência; A terceira, corresponde à época actual, onde o conceito de deficiência desenvolve-se perspectivado em função de uma sociedade, que ideologicamente se afirma como sendo inclusiva.
A evolução conceptual da deficiência predomina o facto de as pessoas se inserirem em contextos e sistemas ideo-politicos, onde certos factores podem ser vistos ou não como desvios.
A concepção de Fernandes (2002) define que os conceitos de norma e normalidade, são socialmente estabelecidos pela maioria, representada pelo conjunto de indivíduos. É esta maioria que estabelece as normas, entendidas estas, como aquilo que observa com mais frequência e com as quais cada indivíduo será contrastado, derivando daí que os indivíduos resultem classificados e etiquetados como normais ou anormais.
O processo de integração teve como objectivo enquadrar as problemáticas específicas e as necessidades de aprendizagens, a nível físico, funcional, social, cognitivo e emocional, procurando “normalizar” o indivíduo em função das suas necessidades e diferenças.
Assim resultam determinações que constituem formas para combater as atitudes discrimatórias, criando comunidades abertas e solidárias, numa perspectiva de sociedade inclusiva, cuja meta é a educação para todos.

Por Manuel Ferreira
20-11-10

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