Educação especial e inclusão por parte dos professores
Falar em Inclusão parece ser um acto impossível sem referir a Educação Especial, como
refere Correia, L.M. (2008:19), “ A educação especial e a inclusão, constituem-se como
duas faces da mesma moeda, ambas caminhando lado a lado, para não só assegurar os
direitos fundamentais dos alunos com Necessidades Educativas Especiais, mas também
para lhes facilitar as aprendizagens que um dia os conduzirão a uma inserção social,
harmoniosa, produtiva e independente”.
Pode então ser definida como Silveira, M. & Almeida, R. (2005:30) “uma modalidade
de ensino, que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas com
necessidades educativas especiais, condutas típicas ou altas habilidades, e que abrange
os diferentes níveis e graus do sistema de ensino”.
Assim, podemos encontrar várias definições de Educação Especial. Fernandes, H.S.
(2002), define-a como a combinação de currículo, ensino, apoio e condições de
aprendizagem necessárias para satisfazer as necessidades educativas especiais do aluno,
da maneira mais adequada e eficaz. Pode constituir a totalidade ou parte do currículo
total, pode ser desenvolvida individualmente ou em conjunto com outros, e pode
constituir a totalidade ou parte da sua vida escolar.
Porém, o termo especial no conceito de Educação Especial é definido por Correia
(2008:19), como sendo “um conjunto de recursos que a escola e as famílias devem ter
ao seu dispor, para poderem responder mais eficazmente às necessidades de um aluno
com Necessidades Educativas Especiais”.
O conceito de Educação Especial, para Fernandes, H.S. (2002:65), tem passado por
reformulações ao longo dos tempos, passando “de uma perspectiva médico-pedagógica,
para uma perspectiva educativa, a qual tem como corolário a integração escolar”.
De acordo com Correia, L.M. (1997), estas reformulações são o resultado das enormes
convulsões sociais, de uma revisão gradual da teoria educativa e de uma série de
decisões legais históricas, que assentam num pressuposto simples, a escola está à disposição de todas as crianças em igualdade de condições e é obrigação da comunidade
educativa, proporcionar-lhe um programa público e gratuito de educação, adequado às
suas necessidades.
A aceitação das práticas inclusivas, parece variar conforme o agente educativo (director,
docente do 1.º. ciclo do ensino básico, do ensino especial e pais), devido à idade e
género dos professores e, ainda, com o grau e tipo de deficiência dos alunos.
Na generalidade, os professores, assistentes operacionais e técnicos respondem
favoravelmente à problemática do movimento inclusivo, ao acreditarem que ao
trabalharem com alunos com deficiência na escola pública, resulta em mudanças
positivas.
Este cenário optimista para Minke, K. M.; Bear, G.G. & Deemer, S.A. (1996), não é
partilhado por todos os professores do ensino público, já que alguns preferem a prática
educativa tradicional mais homogénea, mantendo posições de rejeição face ao processo
de integração, assim Correia, L.M. & Cabral, M.C. (1999b), corrobora com esta ideia e
cita que, “muitos professores ainda não aceitaram completamente a ideia de inserção
dos alunos com Necessidades Educativas Especiais nas classes do ensino público”
(Dr. Manuel Ferreira)
(Dr. Manuel Ferreira)
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